Esmat reforça comprometimento com o incentivo da pesquisa científica em abertura do Seminário sobre Regularização Fundiária

Foto: Hodirley Canguçu

Dialogar e compartilhar conhecimento a respeito da regularização fundiária, essas são as bases que a desembargadora Maysa Vendramini Rosal, corregedora-geral da Justiça no Tocantins, destacou na manhã desta sexta-feira (24/3), na abertura do Seminário sobre Regularização Fundiária e Serviços Extrajudiciais de Registro Imobiliário, que é acompanhado por servidores(as) e magistrados(as) do Poder Judiciário; servidores(as) de instituições parceiras; advogados(as); estudantes; tabeliães(ãs) e registradores(as) de todo o Estado.

O Seminário, que ocorre de forma online e presencial no auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO), como ressaltou a corregedora, busca fomentar o diálogo e o compartilhamento de conhecimentos sobre as rotinas que envolvam conflitos fundiários, que abranjam a Governança de Terras, a Regularização Fundiária, o Direito Agrário e Registral Imobiliário.

Na sua fala, a corregedora também pontuou sobre a importância do Evento, sobretudo para o entendimento do impacto que a regularização fundiária causa na vida das pessoas. “O problema fundiário é uma demanda secular e impacta diretamente na qualidade de vida do(a) cidadão(ã) que tem a posse da terra onde vive, mas não detém o título da propriedade. No Tocantins, os números apontam que as pequenas cidades têm mais da metade dos imóveis em situação irregular. Pessoas vivendo em núcleos informais de habitação, sem o devido acesso a direitos básicos, que só chegam a áreas legalizadas – como é o caso da construção de uma escola ou posto de saúde”, comentou a desembargadora.

A magistrada ainda lembrou que a questão fundiária não é uma peculiaridade do Tocantins e que necessidade de se promover a regularização fundiária é uma demanda nacional, e o papel do Judiciário neste cenário é de extrema relevância.

Além disso, a corregedora disse aos(às) presentes na cerimônia de abertura que a Corregedoria-Geral da Justiça do Tocantins ocupa atualmente a Vice-Presidência do Fórum Fundiário Nacional das Corregedorias-Gerais dos Tribunais de Justiça e está atuante, juntamente com todos os outros estados da federação, em  prol da legalização dos núcleos de habitação informais.

Esmat

Em seu discurso, o desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT), destacou o papel da instituição na ampliação de debates tão importantes como o da regularização fundiária.

“A regularização fundiária é uma pauta histórica no nosso País, e discussões e soluções precisam ser pensadas e debatidas. A Escola Superior da Magistratura Tocantinense tem muita satisfação em fazer parte deste momento. Temos a missão de formar e aperfeiçoar magistrados(as) e servidores(as), principalmente no que diz respeito a temas relevantes como é o caso da Regularização Fundiária. Por meio dessas discussões é que avançamos nas boas práticas e na prestação jurisdicional. A Esmat, como pontuado pela corregedora, é incentivadora da pesquisa científica e do debate jurídico. Estaremos sempre à disposição da Corregedoria para trabalhar essas temáticas”, comentou o diretor geral da Esmat.  

Nupref

Na abertura do Seminário foi dado destaque à atuação, desde 2018, do Núcleo de Prevenção e Regularização Fundiária (NUPREF), que tem trabalhado com afinco para ajudar a solucionar os conflitos fundiários no Estado. “A falta do título definitivo da terra não só traz prejuízo à população ocupante das áreas irregulares, como também é um atraso para os municípios e ainda interfere no trabalho do próprio Poder Judiciário, uma vez que essas demandas sobrecarregam o Sistema de Justiça como um todo. Por isso, o trabalho do Nupref é tão essencial. Hoje, 110 dos 139 municípios do Tocantins são parceiros do Nupref e atuam junto com o Judiciário para resolver suas questões fundiárias; ao todo, 7.699 títulos já foram entregues por intermédio do Núcleo”, explicou a desembargadora Maysa Vendramini Rosal, que ainda parabenizou o trabalho dos juízes Océlio Nobre, que coordenou o Núcleo nos últimos quatro anos, e Wellington Magalhães, que aceitou o convite para dar continuidade ao trabalho.  

Seminário

O juiz Wellington Magalhães, coordenador do Nupref,  também falou na abertura do Evento. O magistrado afirmou entender que eventos iguais ao seminário são plataformas que oportunizam a reflexão, a troca de experiências e a sugestão de soluções para temas que precisam de atenção com relação à segurança jurídica, questões econômicas, sociais e sustentáveis, que, de forma direta, impactam a vida das pessoas.

“O Seminário é uma oportunidade de discutir, debater e refletir sobre as questões relacionadas à regularização fundiária urbana e rural no Tocantins. É dada a importância desse processo para a segurança jurídica e para o desenvolvimento econômico e sustentável do nosso Estado. Hoje vamos ter a oportunidade de conversar e ouvir grandes personalidades da regularização fundiária nacional, que vieram trazer as suas experiências e contribuir para que nós possamos avançar. Felizmente tivemos uma procura grande de pessoas, não só da capital, mas também do interior para assistir ao Seminário. Foram mais de mil inscritos(as), o que demonstra a relevância do tema e como precisamos falar mais sobre ele”, pontuou o juiz.

 


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  • História

    A Escola  Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT), órgão do Tribunal de Justiça do Tocantins, com sede na capital Palmas e abrangência em todo o Estado, tem por objetivo a formação e o aperfeiçoamento de magistrados e servidores como elementos essenciais ao aprimoramento da prestação jurisdicional.

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