Unir teoria, prática e sensibilidade para promover ambientes acessíveis. Essa foi a proposta da capacitação “Normas e Padrões de Acessibilidade e Aplicação de Tecnologias Assistivas”, realizada pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), nos dias 9 e 10 de dezembro. O curso, coordenado pela servidora responsável pelos trabalhos da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO), Patrícia Idehara, contou com a participação de servidores(as) da Diretoria de Engenharia, Arquitetura e Manutenção Predial (Dinfra) e outras unidades.
A capacitação foi conduzida pelo professor Eduardo Ronchetti, especialista com mais de 25 anos de experiência na área, e teve como foco principal a aplicação prática das normas técnicas de acessibilidade – como a NBR 9050/2020 e a nova NBR 16537/2024 – em projetos e espaços do Poder Judiciário. Desde o primeiro momento, o curso se destacou pela proposta metodológica interativa, voltada à resolução de problemas reais e à emissão de laudos técnicos com base nos padrões atualizados.

A abertura do evento contou com a presença da desembargadora Ângela Issa Haonat, presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TJTO. Na avaliação da coordenadora Patrícia, a capacitação foi um marco: “Eu nunca tinha visto os(as) alunos(as) tão motivados(as), tirando dúvidas em projetos, elaborando laudos de acessibilidade na prática, tudo ao vivo! Este foi um curso que valeu muito a pena”.
O impacto do curso se refletiu também nos depoimentos dos(as) participantes. Para a servidora Eva Portugal, a vivência foi mais que uma capacitação, foi um momento de fortalecimento e pertencimento:
“Participar do curso foi muito especial para mim. Como pessoa com deficiência, eu conheço de perto as barreiras que muitas vezes passam despercebidas no nosso dia a dia. Por isso, ver esse tema sendo tratado com tanta responsabilidade e profundidade me fortaleceu e deixou ainda mais comprometida com a construção de um ambiente verdadeiramente inclusivo. Capacitações como esta reforçam a esperança de um Judiciário mais humano, que compreende que acessibilidade não é apenas uma norma, mas também um instrumento que garante dignidade, autonomia e pertencimento”, compartilhou.
A engenheira civil Divina Aparecida Santana de Carvalho também ressaltou a aplicabilidade imediata dos conhecimentos adquiridos, especialmente para a rotina técnica da Diretoria de Obras.
“Ótimo curso, contribuiu muito para nosso conhecimento e aprendizado. Vai ser bastante utilizado no dia a dia na nossa Diretoria de Obras. Quanto ao professor, excelente domínio do conteúdo com uma dinâmica que conseguiu prender a todos(as) os(as) alunos(as)”, afirmou.
Já o arquiteto Juarez Marinho destacou a mudança de perspectiva proporcionada pelo curso. Ao relatar sua experiência, ele enfatizou a importância de compreender a acessibilidade como um compromisso ético e social, e não apenas como uma exigência normativa.
“Foi uma experiência incrível. O curso foi fundamental para abrir minha mente sobre a importância de projetar espaços acessíveis, destacando o papel essencial da arquitetura na inclusão. [...] Este curso não apenas ampliou meu entendimento técnico sobre acessibilidade, mas também me fez refletir sobre a responsabilidade social de criar ambientes mais justos e acessíveis para todos(as). Meus parabéns à Esmat por nos proporcionar essa ampliação de conhecimento técnico”, disse.