OS DIREITOS HUMANOS COMO PRIMADO DE UM SENTIDO HOLÍSTICO DE EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO EM CONTEXTO DE MULTICULTURALIDADE
PDF

Palavras-chave

Direitos Humanos. Multiculturalismo. Sentido Holístico de Educação para o Desenvolvimento. Bem-Estar Social.

Como Citar

Silvino de Pina Zau , F. S. de P. Z. . (2020). OS DIREITOS HUMANOS COMO PRIMADO DE UM SENTIDO HOLÍSTICO DE EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO EM CONTEXTO DE MULTICULTURALIDADE. REVISTA ESMAT, 12(19), 253–282. https://doi.org/10.34060/reesmat.v12i19.359

Resumo

A história e as culturas africanas não são conhecidas pelos antigos países colonizadores europeus, nem pelos países que têm elevada taxa de afrodescendentes na sua população, devido ao tráfico negreiro, que, no Brasil, terminou com a “Lei Eusébio de Queirós”, de 4 de fevereiro de 1850. Actualmente, o papel socioeconómico e cultural dos negros no desenvolvimento das antigas sociedades escravocratas não é relatado nas historiografias oficiais desses países e permanece o discurso da “raça”, como justificação da escravatura e do próprio tráfico de escravos. A globalização fez crescer as desigualdades que existiam entre os países ricos e os países pobres, assim como as desigualdades no interior de cada sociedade, com uma elevada perda de valores necessários ao primado da paz, da democracia, do Estado de direito, da justiça social e dos direitos humanos. As novas gerações terão de ser formadas, no contexto de um sentido amplo de educação para a solidariedade e para o desenvolvimento, que torne possível o progresso económico e o bem-estar social, a partir do respeito ao direito de ser diferente em cada sociedade.
https://doi.org/10.34060/reesmat.v12i19.359
PDF

Referências

ALEXANDRE, Valentim., Angola, Origens do Colonialismo Português Moderno (1822-1891). Portugal no Século XIX. Antologia de Textos Históricos, texto 1-1, Sá da Costa Editora, Lisboa, 1979.

ALTUNA, Pe. Raul Ruiz de Asúa. Cultura Tradicional Banto. Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, Luanda, 1985.

ANDRADE, Mário de. Origens do Nacionalismo Africano, Publicações D. Quixote, Lisboa, 1997.

APPIAH, Kwame Anthony. Na casa de meu pai – A África na filosofia da cultura. Contraponto Editora Ltda, Rio de Janeiro, (1997) [1992].

BARBEITOS, Arlindo. Oliveira Martins, Eça de Queirós, a raça e o homem negro; In, SANTOS, Maria Emília Madeira (dir.). A África e a Instalação do Sistema Colonial (c.1885-c.1930), Actas, III Reunião Internacional de História de África, Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga, Instituto de Investigação Científica Tropical, Lisboa, 2000.

BARBOSA, Jorge Morais. A Língua Portuguesa no Mundo. Junta de Investigação Tropical. Lisboa, 1969.

BENDER, Gerald J.. Angola sob o Domínio Português – Mito e Realidade. Sá da Costa Editora. Lisboa, 1976.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é a Educação. Editora Brasiliense. São Paulo, 1986.
BIROU, Alain. Dicionário de Ciências Sociais, Publicações Dom Quixote. Lisboa, 1982.

CAEIRO, Domingos. Globalização Económica; in, CARMO, Hermano – coord. Problemas Sociais Contemporâneos. Universidade Aberta. Lisboa, 2001.

CARMO, Hermano. Ensino Superior a Distância, Universidade Aberta, Temas Educacionais, vol. I. Lisboa, 1997.

________________. Desenvolvimento Comunitário. Universidade Aberta. Lisboa, 1999.

________________. Hipóteses sobre o Contributo dos Portugueses no Processo de Reabilitação Pós-Guerra; In, VVAA (2000). Estudos em Memória do Prof. Doutor Luís Sá. Revista Discursos. Universidade Aberta. Lisboa, 2000.

________________. (coord.). Problemas Sociais Contemporâneos. Universidade Aberta. Lisboa, 2001.

________________. Teoria da Política Social (Um olhar da Ciência Política). Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Lisboa, 2011

CARVALHO, Alberto Dias de (coord.). A cultura humanista. Dicionário da Filosofia da Educação. Porto Editora. Porto, 2006.

COLÓNIA DE ANGOLA. Censo Geral da População, Imprensa Nacional. Vol. I. Luanda, 1941.

FERRONHA, António Luís. O Tropicalismo Luso ou a Maneira Africana de Estar em Portugal. In, MOREIRA, Adriano; VENÂNCIO, José Carlos. Luso-Tropicalismo. Uma Teoria Social em Questão. Vega e Autores. 1ª ed. Lisboa, 2000.

FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Edição “Livros do Brasil”. Lisboa, (1957) [1932].

GALVÃO, Henrique. Angola: Para uma nova política. Fisiologia do Passado, Aspectos do presente. Vol. I. Livraria Popular Francisco Franco. Lisboa, 1937.

GONÇALVES, António Custódio. Tradição e Modernidade na (Re)Construção de Angola. Edições Afrontamento. Porto, 2003.

GUIA PRÁTICO DA DÉCADA MUNDIAL DO DESENVOLVIMENTO CULTURAL 1988 – 1997. Resolução 41/187 adoptada em 8 de Dezembro de 1986 pela Assembleia-geral das Nações Unidas. UNESCO. Paris, 1988.

JEWSIEWICKI, Bogumil. In, MUNDIMBE, V.Y. The Invention of Africa – Gnosis, Philosophy, and the Order of Knowledge, Indiana University Press – Blooming and Indianapolis. James Currey. London, 1988.
KAJIBANGA, Víctor. Crise da Racionalidade Lusotropicalista e do “Paradigma” da Crioulidade. O caso da antropossociologia de Angola. Comunicação apresentada ao Colóquio “O Luso-tropicalismo Revisado” realizado em Lisboa, na Sociedade de Geografia de Lisboa, de 11 a 12 de Fevereiro de 1999.

__________________. A Alma Sociológica na Ensaística de Mário Pinto de Andrade. Instituto Nacional das Industrias Culturais. Luanda, 2000.

LAENG, Mauro. Dicionário de Pedagogia. Publicações Dom Quixote. Lisboa, 1978.

LAMA, Dalai. Ética para o Novo Milénio. Círculo dos Leitores, Lisboa, 2000.

LEMOS, Alberto de. Bases para a Solução dos Problemas da Colonização de Angola. Edição do autor. Lisboa, 1941.

- M’BOKOLO, Elikia. Prefácio. Accra, 17 de Junho de 2001. In, GONÇALVES, António Custódio. Tradição e Modernidade na (Re)Construção de Angola. Edições Afrontamento. Porto, 2003.

MAYOR, Frederico. África – Uma Prioridade. Programa de Acção Proposto pelo Director-Geral; Centro Unesco do Porto, Departamento da Fundação Eng. António de Almeida, Porto, 1990-1995.

MARTINS; Oliveira. O Brasil e as Colónias Portuguesas. Guimarães & C.ª Editores. 7ª ed. Lisboa, (1920), [1978].

MAZULA, Brazão. Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique: 1975-1985. Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa & Edições Afrontamento. Lisboa, 1995.

MEDINA, João; HENRIQUES, Isabel Castro. A Rota dos Escravos: Angola e a rede do comércio negreiro. Cegia. Lisboa, 1996.

MEMMI, Albert. O Racismo. Editorial Caminho. Lisboa, 1993

MOREIRA, Adriano. Administração da Justiça aos Indígenas. Agência-Geral do Ultramar. Lisboa, 1955.

________________. The ‘Elites’ of the Portuguese ‘Tribal’ Provinces (Guinea, Angola, Mozambique, International Social Science Bulletin, 1956

___________________. Os Trópicos da Europa. Academia Internacional de Cultura Portuguesa – AICP. Boletim nº29. Lisboa, 2002.

___________________. Intervenção, Seminário sobre Educação da Juventude: Conceito de Liderança e Cidadania. Instituto de Defesa Nacional. Lisboa, 7 de Outubro de 2003.

MOREIRA, Adriano; VENÂNCIO, José Carlos (Org.). Luso-tropicalismo: Uma teoria social em questão. Vega Editora. Lisboa, 2000.

MUNDIMBE, V.Y. The Invention of Africa – Gnosis, Philosophy, and the Order of Knowledge. Indiana University Press – Blooming and Indianapolis. James Currey. London, 1988.

NETO, Felix. Psicologia da Migração Portuguesa. Universidade Aberta, Lisboa, 1993.

PANOFF, Michel; PERRIN, Michel. Dicionário de Etnologia. Edições 70, Lisboa, 1973.

PÉLISSIER, René. História das Campanhas de Angola. Editorial Estampa. vol. I. Lisboa, 1986.

PROVÍNCIA DE ANGOLA. II Recenseamento Geral da População 1950. Direcção dos Serviços de Estatísticas. Vol. I. Imprensa Nacional. Luanda, 1953

RELA, José Manuel Zenha. África Século XXI. Os Desafios da Globalização e as Respostas do Desenvolvimento. Sociedade de Geografia de Lisboa. Lisboa, 1998.

ROCHA-TRINDADE, Maria Beatriz. Sociologia das Migrações. Universidade Aberta. Lisboa, 1995

SANTOS BENEDITO, A globalização e os Desafios à Educação. Coimbra. (comunicação não publicada), 1999.

SOUSA FERREIRA, Eduardo de. Aspectos do Colonialismo Português. Seara Nova. Lisboa, 1974.

TINHORÃO, José Ramos. Os Negros em Portugal. Uma presença silenciosa. Colecção Universitária. Editorial Caminho S.A. 2ª ed. Lisboa, (1997) [1988].

TIERNO, Bernabe. Valores Humanos. Taller de Editores, S. A. Madrid, 1996.

TORRES, Adelino. Horizontes do Desenvolvimento Africano no Limiar do Século XXI. Veja. Lisboa, 1998.
UNITED NATIONS, Report of the Sub- Committee on the Situation in Angola (A/4978), 1962.

VENÂNCIO, José Carlos. O facto Africano. Elementos para uma sociologia da África. Veja. Lisboa, 2000.

WOHLGEMUTH, Patrícia. The Portugueses Territories and the United Nations, Carnegie Endowment for International Peace. New York, 1963.

ZAU, Filipe. Educação em Angola; Novos Trilhos para o Desenvolvimento. Movilivros, Luanda, 2009.


SUPORTES DA INTERNET
COMÉNIO, Jan Amos, Pampaedia (1971), § 1, p.37, cit. in, Enciclopédias Filosóficas; O Enciclopedismo Pansofista Alsted e Coménio; In, www.educ.fc.ul.pt/hyper/enciclopedia/cap3p3/pansofista.htm, em 23/10/03

https://www.ebiografia.com/nelson_mandela/, em 30/10/2019

http://pensador.uol.com.br/frase/MzY0Nzkx/, em 26/03/2013

http://pt.wikipedia.org/wiki/Eus%C3%A9bio_de_Queir%C3%B3s, em 12/08/10

http://fr.encyclopedia.yahoo.com/articles/ma/ma_2194_p0.html, em 11/05/03

http://fr. Encyclopedia.yahoo.com/articles/h/h0001051_p0html, em 11/05/03

http://atelier.hannover2000.mct.pt/~pr558/algar1.html, em 01/03/03

http://www.portugal-linha.pt/opiniao/CAlexandrino/cron5II.html, em 15/12/04

https://pratiqueobemhoje.com/tag/educacao/

O autor concede a autorização de publicação do artigo doutrinário na Revista ESMAT e em sua versão eletrônica, caso seja aprovado pela Comissão Editorial.

Os artigos publicados e as referências citadas na Revista ESMAT são de inteira responsabilidade de seus autores.

O autor se compromete ainda a identificar e creditar todos os dados, imagens e referências. Deve também declarar que os materiais apresentados estão livres de direito de autor, não cabendo, portanto, à Revista ESMAT e a seus editores, quaisquer responsabilidades jurídicas.