
A Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) realizou, na tarde dessa quarta-feira (28/5), a terceira edição do Chá Literário. Desenvolvido pela Biblioteca, sob coordenação da bibliotecária Silvânia Olortegui, o encontro promoveu um momento dedicado à literatura e à música, reunindo estudantes do 3º ano do ensino médio do Colégio Militar do Tocantins, escritores, servidores(as), professores(as) e representantes da cultura tocantinense.
A abertura oficial ficou a cargo da diretora executiva da Esmat, Ana Beatriz de Oliveira Pretto, que representou o desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Escola. Em sua fala, ela destacou a importância da iniciativa.
“Hoje, celebramos a literatura, a música, a poesia e a inovação em um momento de pausa na rotina para alimentar a alma com arte, criatividade e escuta, o que nos inspira a seguir promovendo, por meio da educação, da cultura e do diálogo, os valores da sensibilidade, do respeito e da transformação, consolidando o evento como um espaço de encontro entre saberes, vozes e experiências diversas”, disse.
Em seguida, o poeta Orion Milhomem Ribeiro, presidente da Academia Palmense de Letras, compartilhou sua visão sobre o poder da literatura e da poesia. “A poesia tem o papel de tocar o coração das pessoas, é alimento para a alma e alívio para os dias corridos. Ela nos convida a pausar, refletir e enxergar a vida com mais leveza. Que eventos como este continuem promovendo esse encontro transformador entre literatura, escritores e estudantes”, afirmou.
Na sequência, a bibliotecária Silvânia reforçou a potência transformadora da arte e do conhecimento. “Nós sabemos o quanto a leitura, a música e a cultura podem transformar a forma como vemos o mundo e até como lidamos com ele. Essa programação foi preparada para despertar em vocês o gosto pelo conhecimento, pela arte e pelas boas conversas. E, o mais importante, para mostrar que espaços como esta Escola também são de vocês. Aqui é um lugar onde se constrói justiça, sim, mas também sonhos, ideias e possibilidades”, pontuou.
Entre os destaques da programação, a palestra “Café, Código e Curiosidade: uma conversa sobre IA”, ministrada pelo professor Vinícius Istofel Oliveira, trouxe uma abordagem acessível e instigante sobre os impactos da Inteligência Artificial no dia a dia, aproximando tecnologia e experiência humana de forma leve e inspiradora.
Na voz do Coletivo Enegrecer e do Cerrado Rap, a poesia ganhou contornos de resistência, identidade e pertencimento. Com declamação potente das poetisas Karlla Sa’mira Magalhães Rodrigues e Kelliany Morais Leite, e a energia da batalha de rima, os jovens artistas trouxeram à tona reflexões necessárias.
Carlos Daniel Melo, apresentador da batalha, falou sobre a importância de abrir espaço para o debate dessas pautas.
“Trazer o hip-hop e as batalhas de rima para esse ambiente é uma forma de mostrar nossa voz, expressar a realidade das periferias de forma autêntica e sem censura. É gratificante poder compartilhar essa vivência e contribuir para que mais pessoas se conectem e se identifiquem com o que temos a dizer.”, enfatizou.
Participaram da batalha os jovens Carlos Daniel Melo Ramalho, Gabriel Nascimento, Gabriel Queiroz Cardoso, Gustavo Henrique Soares da Silva Cunha e Enriky Araújo Castro. Na ocasião, o sexteto 190 da Polícia Militar presenteou os participantes com uma apresentação talentosíssima.