
As narrativas potentes de Ailton Krenak e Antônio Bispo dos Santos marcaram os encontros da segunda turma das Oficinas Literárias, realizados ao longo do mês de setembro. Com mediação da professora e doutora em Ciências do Ambiente (UFT), Eugislane Moreira Lima, os círculos de leitura abordaram a confluência entre experiências indígenas e quilombolas como chave para pensar o presente e abalar estruturas. Ao todo, foram quatro encontros, realizados às terças-feiras, sempre com participação ativa dos(as) inscritos(as).
Em “A vida não é útil”, Krenak, um dos mais importantes pensadores contemporâneos, propõe uma crítica ao modelo de mundo que transforma tudo em mercadoria. Já em “A terra dá, a terra quer”, Antônio Bispo dos Santos elabora, com palavras “germinantes”, o conceito de contracolonização como um modo de existir em oposição à lógica do sistema colonial.
As leituras lançaram luz sobre temas sensíveis e estruturantes: relações de poder, formas de cuidado, modos de habitar, ancestralidade e justiça social.
Terceira e última turma do ano
A terceira e última turma das Oficinas Literárias de 2025 começa no dia 7 de outubro (próxima terça-feira) e terá como leitura o livro As malditas, da escritora e atriz trans argentina Camila Sosa Villada. Os círculos ocorrerão nos dias 7, 14 e 21 de outubro, sempre às 19h, com mediação da psicóloga Cristina Silvana da Silva Vasconcelos.
O encerramento do projeto está marcado para o dia 22 de outubro, com um Sarau Cultural, das 15h às 17h, na sede da Esmat. A programação contará com apresentação do Grupo de Suça, participação do mestre Patricinho, do Povo Quilombola de Chapada de Natividade, roda de conversa e intervenções artísticas.
As Oficinas Literárias são organizadas pela Divisão de Projetos e Gestão de Contratos da Diretoria de Gestão de Pessoas (Divpgc/Digep), em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat).