
Nos dias 4 e 5 de agosto, o Programa de Mestrado e Doutorado Profissional em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos (PPGPJDH) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) promoveu, no auditório da Esmat, o Encontro Interdisciplinar CAPES–PPGPJDH. A programação reuniu docentes, discentes e coordenadores(as) de programas stricto sensu da UFT e da UFT/Esmat, além de representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A reitora eleita da UFT, Maria Santana Ferreira dos Santos Milhomem; a reitora da Uni Católica, Andrea Carla Alves Borim; e a vice-reitora da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Darlene Teixeira Castro, também marcaram presença.
No dia 4, o professor Djalma Thürler ministrou a palestra Interdisciplinaridade e a construção política do conhecimento, destacando a importância de superar a fragmentação disciplinar e incorporar a epistemologia interdisciplinar como instrumento de resistência e avanço cognitivo.
Segundo ele, a abordagem crítica à hegemonia eurocêntrica na ciência deve estar aliada à construção de “saberes” contextualizados, plurais e politicamente legítimos. Ao relacionar teoria e prática, o palestrante apontou que a interdisciplinaridade, especialmente no contexto do PPGPJDH, representa um eixo estratégico para integrar Direito, Ciências Sociais e Direitos Humanos, contribuindo para uma formação acadêmica mais crítica e transformadora.
Ainda no primeiro dia, a professora Kátia Christina Leandro apresentou a palestra Entre métricas e sentidos: o que (e quem) conta na avaliação do ciclo 2025–2028 da Capes. A exposição abordou as recentes mudanças no sistema de avaliação, incluindo a substituição do Qualis por um novo procedimento que combina indicadores bibliométricos do periódico e do artigo.
Também foram discutidas diretrizes relativas à popularização da ciência, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à centralidade da interdisciplinaridade na proposta formativa. O momento contou com comentários dos presentes, que esclareceram dúvidas sobre o novo modelo e debateram seus impactos na produção acadêmica.
No dia 5, a programação foi dedicada a uma reunião interna entre representantes da Capes, equipe técnica da Esmat, coordenação do PPGPJDH e a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFT. Entre as pautas, destacaram-se:
- Questões Operacionais: regramentos e procedimentos administrativos decorrentes da recente alteração para modalidade associativa do programa entre Esmat e UFT;
- Pós-Doutorado: regras e possibilidades de oferta de pós-doutorado pelo programa;
- Qualidade e Avaliação: orientações sobre o preenchimento da Plataforma Sucupira e compartilhamento de boas práticas de programas de referência;
- Impacto Regional: valorização dos programas da Região Norte e reconhecimento de seu papel estratégico no desenvolvimento social.
Para o professor doutor Tarsis Barreto, coordenador do PPGPJDH, o encontro presencial com professores de referência nacional como Djalma e Kátia foi “oportunidade ímpar” para atualizar docentes e discentes sobre as novas diretrizes e alinhar estratégias de atuação.
“Dada a dificuldade de deslocamento de avaliadores(as) de alto nível da Capes para o Tocantins, a iniciativa inédita reafirma a parceria profícua entre a Esmat e a UFT e prepara o programa para as demandas da avaliação quadrienal”, afirmou.
Segunda Maria Luiza Nascimento, coordenadora de Pós Graduação da Esmat, a disponibilidade dos coordenadores da Área Interdisciplinar da Capes em vir ao Tocantins é fruto da credibilidade e seriedade da Escola e do programa, e representa uma etapa fundamental para a consolidação e o aprimoramento das atividades acadêmicas, científicas e formativas desenvolvidas no âmbito da Esmat e da UFT.