Como identificar o assédio no trabalho? Tema é debatido em Araguaína

Magistrados(as) e servidores(as) do Fórum de Araguaína participaram, nessa quinta-feira (8/5), da Roda de Conversa “Como identificar e superar situações de assédio no ambiente de trabalho?”. A atividade, que integra a programação da IV Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação, promovida pela Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação no Âmbito do Judiciário, também foi realizada nos municípios de Palmas e Gurupi.

A mediação do encontro foi conduzida pela desembargadora Ângela Haonat, presidente da Comissão no 2º Grau (Cassedio2G), que ressaltou o caráter orientador e acolhedor da atuação da comissão:

“Há um equívoco comum de que nossa atuação se resume à punição. Nosso objetivo é orientar, acolher e encaminhar cada situação conforme a gravidade e a necessidade do caso”, pontuou.

O debate abordou a identificação de práticas de assédio moral e sexual, bem como seus impactos no ambiente de trabalho. Almerinda Maria Skeff Cunha, psicóloga do grupo gestor de equipes multidisciplinares do TJTO, alertou para os efeitos nocivos dessas condutas à saúde dos(as) profissionais:

“O assédio não é uma doença, mas sim um dos grandes causadores do adoecimento. Hoje vivemos uma cobrança crescente por desempenho e produtividade. Essa intensificação do trabalho pode adoecer, porque o corpo e a mente têm limites”, afirmou.

Reflexão audiovisual

A programação também incluiu a exibição do documentário “A dor (in)visível”, produzido pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul. A obra reúne depoimentos de trabalhadores(as) que sofreram assédio moral, além de análises de especialistas que contribuem para a compreensão do problema.

Presenças

Também participaram da Roda de Conversa o juiz Fabiano Ribeiro, diretor do Foro de Araguaína; Hérika Mendonça Honorato, presidente da Comissão de Procedimento Administrativo Disciplinar do TJTO; Micheline Nolasco Marques, conselheira federal da OAB; Karla Beatriz Rodrigues, professora da Faculdade Católica Dom Orione; Bárbara Camargo, psicóloga do NAPSI/TJTO; e Silvaneide Maria Tavares, assistente social do núcleo.