Saúde mental do trabalhador é destacada em segundo dia da semana de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação

Foto: Rondinelli Ribeiro (TJTO)

As atividades do segundo dia da III Semana do Judiciário de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação em todas as suas formas foram realizadas na tarde desta terça-feira (7/5), no auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO). O Painel 1, com o tema “Assédio e discriminação no ambiente de trabalho: impactos sobre a saúde mental da vítima e os desafios da liderança”, abordou o incentivo à cultura de feedback, o treinamento de equipe (técnicos e desenvolvimento psicossocial) e o desenvolvimento de políticas de saúde e segurança voltadas para o trabalhador.

Na abertura, a desembargadora Ângela Ribeiro Prudente, coordenadora da mesa, parabenizou pela realização do evento, destacando a relevância dos temas abordados.

Em uma análise sobre os riscos psicossociais no ambiente de trabalho, a doutora em psicologia, Lisieux de Araujo Rocha, enfatizou a importância do desenvolvimento das habilidades socioemocionais para mitigar tais riscos e promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

“Por isso, é de grande importância colocarmos o nosso desenvolvimento psicossocial, porque quanto melhor estamos em desenvolvimento das nossas habilidades socioemocionais, habilidade de interação, de aceitar e receber críticas, que estão ligadas diretamente ao nosso desempenho profissional, certamente esses fatores de risco terão uma menor prevalência sobre o nosso convívio”, apontou.

A servidora e membro da Comissão de Prevenção e de Enfrentamento ao assédio e à discriminação do judiciário tocantinense, Daniela Negry, participou da palestra como mediadora e acrescentou a importância do engajamento entre todos: “É um assunto importante, eu acho que a gente precisa falar sobre isso, e eu quero fazer um convite aos presentes e que levem o convite aos que não estão presentes, aos que estão nos ouvindo pelas redes sociais, no modo virtual, não percam a oportunidade de debater sobre esse assunto, em especial o assédio, a discriminação, porque a gente trabalha numa estrutura muito hierarquizada, e que tem uma cultura muito antiga. É nesses espaços e nessas oportunidades que a gente começa a entender o que de fato é o assédio”.

A segunda palestra do painel teve como tema “potenciais consequências negativas do assédio moral para a saúde mental do trabalhador”, com os apontamentos do palestrante Wordney Carvalho Camarço, psiquiatra forense e médico psiquiatra do Núcleo de Acolhimento e Acompanhamento Psicossocial – NAPsi, que cativou o público com muitos exemplos de sua experiência clínica.

Foto: Rondinelli Ribeiro (TJTO)

Wordney explicou que para ser caracterizado como assédio moral é necessário atentar para alguns detalhes, como a repetição sistemática, intencionalidade na degradação do ambiente de trabalho, direcionamento a uma pessoa específica, temporalidade durante a jornada de trabalho e a ocorrência de dano, entendido como lesão, violação ou ofensa a bens jurídicos não patrimoniais, como reputação, honra, saúde mental e integridade.

Sobre o atendimento para os servidores, o palestrante disse: “Você pode entrar em contato conosco através do telefone, do e-mail ou você pode ir ao NAPsi e falar que precisa de atendimento e a gente vai atender você”.  

O telefone do Napsi é (63) 3901-9052 e para atendimento presencial o endereço é: ANEXO I — Edifício Amaro Empresarial, Quadra 103 Norte, Rua NO-11 com Avenida NS 01 LT 02.

Além das palestras, a programação contou com a participação especial do Observatório e Clínica de Direitos Humanos do Estado do Tocantins, com a apresentação do manual “Eu vejo você, fale comigo!” pela doutora Christiane de Holanda Camilo (OCDHET-CHC). Em sua fala, destacou a forma de construção do manual, que foi a partir da interação do público, e questionou o olhar sobre a vida, o trabalho e principalmente sobre as relações de poder.

Foto: Rondinelli Ribeiro (TJTO)

“O que é a construção e a ideia que se faz do poder? E assim reconhecer, inclusive, do lugar onde você está! Aqui [no manual] a gente propõe um olhar diferente. O tribunal, recentemente, esteve falando da justiça restaurativa, e a justiça restaurativa começa com a construção de um novo olhar, da proposição da construção de um novo olhar. Então essa mudança no olhar, na perspectiva, é necessária”, afirmou Christiane.

Clique aqui e confira a programação completa.


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