Com informação como ferramenta para conscientização da sociedade, palestrantes abordam direitos humanos e impactos ambientais no pós-pandemia

A informação como ferramenta imprescindível para redução de impactos negativos na sociedade e conscientização da comunidade foi um dos pontos centrais de painel durante o XIV Congresso Internacional em Humanos, na tarde desta quinta-feira (20/10), no auditório do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), em Palmas (TO).

Com o tema “Globalização e responsabilidade social, econômica e ambiental pós-pandemia”, painelistas abordaram temas específicos, mas ambos introduziram a comunicação em muitos momentos de suas apresentações. A mediadora foi Liliana Pena Naval, doutora em engenharia química pela Universidad Complutense de Madrid e professora do mestrado em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos UFT/Esmat.

Doutor em engenharia do ambiente pela Universidade Nova, de Lisboa, e mestre em ciências das zonas costeiras pela Universidade de Aveiro, Tomás Augusto Bastos Ramos abordou o tema “As novas armadilhas da informação na avaliação de impactos ambientais. O papel do indivíduo na realidade da pós-verdade e dos valores sociais contraditórios".

Informação distorcida

Para ele, o acesso a informação é primordial e, atualmente, no contexto “pós-verdade da pandemia e da guerra” o mecanismo tem sido distorcido. Ao falar sobre impactos ambientais, detalhou que o “declínio nos dados oficiais e na credibilidade das informações” tem prejudicado a relação da comunicação atualmente. “Fatos objetivos são menos influentes na formação da opinião pública. E informações técnicas não são facilmente acessíveis e utilizáveis.”

Para ele, é preciso repensar “o estado atual da informação utilizada e comunicada na avaliação de impactos de forma a construir visões que podem remodelar esta realidade”. “Dados e informações têm papel fundamental a desempenhar na crise da verdade. Aí deve equacionar a informação e a ligação com novas ferramentas”, ressaltou, finalizando que todo o sistema gira em torno da percepção de valorização e compreensão dos desejos e necessidades da comunidade e do indivíduo.

Erosão dos direitos humanos

Outro painelista foi Antônio Augusto Ioris, professor, pós-doutor em geografia política e diretor do programa de pós-graduação em desenvolvimento e meio ambiente da Universidade de Cardiff, no Reino Unido. Entre outros aspectos, ele abordou a democracia no pós-pandemia, fez explanação sobre a situação atual do Reino Unido e Brasil.

Ele criticou o que classificou de “erosão dos direitos humanos básicos”. “A pandemia trouxe uma vulnerabilidade aguda [da sociedade]. Um momento que demonstrou a condição degradante e degradada pela população brasileira”, disse, ao criticar o uso político da questão.

Em relação específica aos direitos humanos, ele citou que “houve conquistas mais formais do que efetivas”. Ao finalizar, citou exemplos de boas perspectivas de melhorias nos aspectos do acesso a direitos humanos.

 

Texto: Comunicação TJTO / Foto: Rondinelli Ribeiro — Comunicação TJTO


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