
O Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO), por meio da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), está realizando a segunda turma do curso "Linguagem Simples no Judiciário: prática além das palavras", destinado a servidores(as) e magistrados(as). O curso visa capacitar os(as) participantes a redigir textos jurídicos de forma clara e acessível ao público em geral, sem perder de vista o contexto jurídico e o objetivo institucional de promover a justiça.
A capacitação é conduzida por Adelyse Morais Lopes, UX Writer e coordenadora do Programa de Linguagem Simples do TJDFT, e conta com a participação de servidores(as) e de magistrados(as) do Judiciário Tocantinense, além de servidores(as) de órgãos parceiros.
O objetivo é formar multiplicadores(as) da Linguagem Simples, que possam disseminar essa prática em suas respectivas unidades e contribuir para tornar a justiça mais acessível à população. Roberta Maciel, gestora do programa Simples Toc no Judiciário Tocantinense, explica que "a linguagem simples ainda tem certa resistência por falta de conhecimento, as pessoas às vezes acham que ela vai diminuir o nível, a profundidade dos documentos produzidos. É importante essa capacitação para que as pessoas entendam o que é para poderem aplicar", ressalta.
Ela também destaca a importância da criação da Rede Simples Toc, que visa integrar diferentes instituições do sistema de justiça e da comunidade acadêmica para a promoção da Linguagem Simples.
A capacitação que encerra nessa sexta-feira (21/2) utiliza metodologias como exposição teórica, dinâmicas de grupo, jogos, atividades práticas e estudos de caso.
Sobre o Curso
A linguagem utilizada no Judiciário é frequentemente considerada complexa e de difícil compreensão para a população em geral, o que pode afetar a transparência e o acesso à justiça. O curso, que tem carga horária de 24 horas, aborda temas como o conceito de Linguagem Simples, seus benefícios, as diretrizes para simplificar textos e documentos jurídicos, e a importância da empatia na comunicação.
"No contexto do Judiciário, em que a linguagem é muitas vezes complexa e inacessível ao público geral, essa habilidade de simplificar sem distorcer é crucial", afirma Lucas Ferreira, assessor jurídico do Centro de Inovação do TJTO.
"O curso de linguagem simples foi, sem dúvida, uma experiência enriquecedora e transformadora, tanto no nível pessoal quanto profissional. Aprendi a importância de comunicar de maneira clara e acessível, sem perder a profundidade necessária para transmitir as informações jurídicas", declarou.