A Escola Superior da Magistratura Tocantinense deu início nesta quinta-feira (12/9) ao curso voltado para a aplicação da Inteligência Artificial (IA) no Judiciário: Engenharia de Prompt e Aplicações Práticas da IA Generativa (IAGEN) na Justiça: Da Teoria à Decisão, com as Turmas I e II. O curso é ministrado pelos professores Alexandre Freire Pimentel, Haroldo Carneiro Leão Sobrinho e Irving William Chaves Holanda.
O curso faz parte do ciclo de capacitações do Projeto Hórus, que visa capacitar magistrados (as) e servidores (as) do Poder Judiciário Tocantinense para a compreensão, aplicação e desenvolvimento de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (IAG) que sirva de apoio nas atividades jurisdicionais do Poder Judiciário do Tocantins, otimizando processos de trabalho.
Com uma programação focada em conceitos fundamentais da Inteligência Artificial (IA), o curso explora os diferentes tipos de inteligência artificial e seu desenvolvimento ao longo da história. A aplicação prática dessa tecnologia no contexto jurídico é um dos pontos centrais, abordando tanto os benefícios quanto os desafios. Entre os tópicos de destaque estão os desafios de segurança no uso da IA no sistema judicial, os quais incluem desde a proteção de dados até a confiabilidade das decisões geradas por sistemas de IA.
Durante a cerimônia de abertura, o desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Esmat, destacou a importância de uma evolução rápida e assertiva na adoção de tecnologias como a inteligência artificial no Judiciário. Em sua fala, enfatizou a urgência de adaptação ao ritmo acelerado das transformações tecnológicas.
“Esse é um momento que o Judiciário precisa. Nós temos sistemas excelentes, muito bem produzidos, que nos dão respostas adequadas, já com algumas ferramentas de IAs Pregenerativas, mas que não atendem às nossas necessidades nem o ritmo de transformação global”, disse.
O desembargador ainda fez uma analogia com o mito da caverna, de Platão, para ilustrar o cenário de inovação tecnológica. “Então, eu tenho dito o seguinte: Nós não podemos ficar presos na caverna nem podemos matar aqueles que saíram da caverna, viram a luz e nos trouxeram a informação do mundo verdadeiro; não podemos mais viver realidades só de sombras. Nós precisamos sair da caverna e fazer com que o mundo lá fora dialogue com a caverna. Hoje, internamente, os nossos sistemas são a caverna, mas não podemos mais ficar presos nisso. Temos de estabelecer formas e criar ferramentas de diálogo entre diversos sistemas, que são muitos no Brasil”, afirmou.
Medalha do Mérito Acadêmico
Na ocasião, foi outorgada a Medalha de Mérito Acadêmico “Dr. Feliciano Machado Braga” ao jornalista e administrador, o servidor público da Justiça Federal Antonio Costa Aires. A Esmat concedeu a honraria como reconhecimento pelo comprometimento e contribuição à Justiça tocantinense. A medalha destaca personalidades cujas trajetórias e esforços contribuem significativamente para o avanço do conhecimento e da inovação no Poder Judiciário, reafirmando o compromisso com o aprimoramento contínuo da prática jurídica e a promoção da justiça.
