What is beyond colonizer’s hermeneutic? Effects of eurocentrism on the brazilian legal system from a study of Kurukanfuga’s Pact
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Comparative law
Constitution
Eurocentrism
Kurukanfuga’s Pact
Hermeneutic

How to Cite

Maurício Freire Soares, R., Rabelo de Souza, C., & Santos Andrade, J. G. (2025). What is beyond colonizer’s hermeneutic? Effects of eurocentrism on the brazilian legal system from a study of Kurukanfuga’s Pact. ESMAT Magazine, 17(30), 143–176. Retrieved from http://esmat.tjto.jus.br/publicacoes/index.php/revista_esmat/article/view/718

Abstract

The focus of this text is to examine the influence of eurocentrism on the Brazilian Legal System from an analysis of the Kurukanfuga’s Pact. Addressing this subject is both an attempt to broaden the academic perspective on other social subjects as producers of knowledge and to make legal operators reflect on the social place of subordinate subjects, recognizing them not as mere objects of study, but as subjects capable of impacting the knowledge process. This study consists of descriptive research, which aims to detail the influence of eurocentrism on the Brazilian Legal System when analyzed from the perspective of the Kurukanfuga’s pact. With the development of this research, it was possible to conclude that the restricted European georeferencing of legal knowledge is harmful to the argumentative development of legal interpreters, which directly impacts their language. By establishing a comparison between the Brazilian Legal System and the Kurukanfuga’s Pact, it was possible to conclude that this Pact can help to mitigate academic eurocentrism, as it is a historic and pioneering document in discussions on civil liberties, democracy and human rights. The present study can encourage the desire of other researchers to develop similar studies based on other legal orders and historical documents that are dissonant from the hegemonic knowledge.
PDF (Português (Brasil))

References

ALBUQUERQUE, Fabiane. Frantz Fanon usado para justificar o machismo de homens negros. [S. l.], 30 set. 2024. Disponível em: https://diplomatique.org.br/frantz-fanon-usado-para-justificar-o-machismo-de-homens-negros/. Acesso em: 22 out. 2024.

AZEVEDO, Antonio Junqueira de. Influência do direito francês sobre o direito brasileiro. Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, v. 89, p. 183-194, 1994. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/download/67243/69853. Acesso em: 21 nov. 2024.

BARBOSA, Muryatan Santana. Eurocentrismo, história e história da África. Sankofa (São Paulo), v. 1, n. 1, p. 47-63, 2008. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/sankofa/article/view/88723. Acesso em 21 nov. 2024.

BOAS, Marco Antonio V. Estatuto do Idoso Comentado. 5th ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. E-book. p.20. ISBN 978-85-309-6510-5. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-309-6510-5/. Acesso em: 22 out. 2024.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 29 mai. 2024.

BRASIL. DECRETO Nº 56.435, DE 8 DE JUNHO DE 1965. Promulga a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/CCIVil_03/decreto/Antigos/D56435.htm. Acesso em: 29 out. 2024.

BRASIL. LEI N. 14.611, DE 3 DE JULHO DE 2023. Dispõe sobre a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens; e altera a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/l14611.htm. Acesso em: 22 out. 2024.

BRASIL. LEI N. 4.375, DE 17 DE AGOSTO DE 1964. Lei do Serviço Militar. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/CCIVil_03/LEIS/L4375.htm. Acesso em: 21 out. 2024.

BREGA FILHO, Vladimir; ALVES, Fernando de Brito. O DIREITO DAS MULHERES: UMA ABORDAGEM CRÍTICA. Argumenta Journal Law, [S. l.], v. 10, n. 10, p. 131–142, 2013. DOI: 10.35356/argumenta.v10i10.130. Disponível em: https://seer.uenp.edu.br/index.php/argumenta/article/view/666. Acesso em: 22 out. 2024.

CANOTILHO, J.J Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 3. Ed. Lisboa: Almedina, 1999.

CARVALHO, Igor. Em dez anos, nenhum juiz foi punido por racismo em processos abertos no CNJ. UOL, 2020. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil-de-fato/2020/09/25/juizes-racismo-cnj-levantamento.htm. Acesso em: 30 jun. 2024.

CARVALHO, Weliton. Direito Comparado. Revista de informação legislativa, v. 45, n. 180, p. 144, 2008. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/45/180/ril_v45_n180_p139.pdf. Acesso em: 21 nov. 2024

CIEGLINSKI, Thaís. Fase de execução é a que mais aumenta tempo de tramitação de processos. Agência CNJ de Notícias, 14 out. 2016. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/fase-de-execucao-e-a-que-mais-aumenta-tempo-de-tramitacao-de-processos/. Acesso em: 31 mai. 2024.

COELHO, Rodrigo Pereyra de Sousa. A economia da ditadura militar brasileira: notas didáticas da disciplina formação sócio-histórica do Brasil III. UNIVERSITAS, v. 19, 2016. Disponível em: https://scholar.google.com/citations?view_op=view_citation&hl=pt-BR&user=flBYekkAAAAJ&citation_for_view=flBYekkAAAAJ:D03iK_w7-QYC. Acesso em: 22 out. 2024.

CORREGEDORIA em SP arquiva caso da juíza que escreveu que réu não tem 'estereótipo de bandido': Trecho faz parte de sentença proferida em 2016, em Campinas (SP), contra réu condenado por latrocínio e tentativa de latrocínio. Caso teve repercussão em março e CNJ analisa decisão. Campinas e Região: G1, 1 ago. 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2019/08/01/corregedoria-em-sp-arquiva-caso-da-juiza-que-escreveu-que-reu-nao-tem-essereotipo-de-bandido.ghtml. Acesso em: 11 jul. 2024.

CUNHA, Barbara Madruga. Violência contra a mulher, direito e patriarcado: perspectivas de combate à violência de gênero. XVI Jornada de Iniciação Científica de Direito da UFPR (1-2 de octubre de 2014)(en línea)[Fecha de consulta: 17.03. 2017], 2014. Disponível em: https://direito.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2014/12/Artigo-B%C3%A1rbara-Cunha-classificado-em-7%C2%BA-lugar.pdf. Acesso em: 22 out. 2024.

TAVARES, Ana Lucia de Lyra. O direito comparado na história do sistema jurídico brasileiro. Revista de Ciência Política, v. 33, n. 1, p. 56-90, 1990. Disponível em: https://periodicos.fgv.br/rcp/article/view/59810. Acesso em: 8 out. 2024.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução: Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.

FERREIRA, Dauquiria de Melo. Conciliação e mediação como instrumentos de tratamento de demandas repetitivas no Poder Judiciário. 2017. 146 f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, 2017. Disponível em: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/7565. Acesso em: 23 out. 2024.

FIDALGO, António. Semiótica geral. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 1999.

GUIMARÃES, Rômulo Eisinger et al. Sobre a beleza como símbolo da moralidade em Kant. 2016.

LEITE, Carlos Henrique B. Curso de direito do trabalho. 16th ed. Rio de Janeiro: Saraiva Jur, 2024. E-book. p.455. ISBN 9788553621156. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553621156/. Acesso em: 24 out. 2024.

LEITE, Isabela. Ao pedir condenação de homem negro, promotor disse que 'poucas devem ser as vítimas estupradas pelos sósias do Brad Pitt'. Fantástico, 2024. Disponível em: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2024/05/21/ao-pedir-condenacao-de-homem-negro-promotor-disse-que-poucas-devem-ser-as-vitimas-estupradas-pelos-sosias-do-brad-pitt.ghtml. Acesso em: 03 jun. 2024.

MAINENTI, Mariana. CNJ não aponta conotação racista em sentença de juíza do Paraná. Agência CNJ de Notícias, 2023. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/cnj-nao-aponta-conotacao-racista-em-sentenca-de-juiza-do-parana/. Acesso em: 26 jun. 2024.

MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF, v. 34, n. 1, p. 287-324, 2008. Disponível em: https://mih.unilab.edu.br/wp-content/uploads/2023/12/Desobediencia-epistemica.-Walter-Mignolo-1.pdf. Acesso em: 21 nov. 2024

MOTA JUNIOR, João Francisco da. La carta de Mandén e la segunda generación de los derechos humanos: Enseñanzas antecedentes de África. Diálogos Possíveis, v. 18, n. 3, 2019. Disponível em: https://revista.grupofaveni.com.br/index.php/dialogospossiveis/article/view/635. Acesso em: 21 nov. 2024

NIANE, Dijibril Tamsir. Sundjata ou a Epopeia Mandinga. SP: Ática, 1982.

NIANE, Djibril. O Mali e a segunda expansão manden. In: Djibril Tamsir Niane (Org). História Geral da África IV, África do século XII ao XVI. 2.ed.rev. Brasília: UNESCO, 2010.

ONO, Taynara Tiemi. A flexibilização procedimental: uma comparação entre os sistemas jurídicos brasileiro, inglês e português. In: Revista de processo. 2016. p. 407-427. Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RPro_n.254.20.PDF. Acesso em: 21 nov. 2024.

OVÍDIO, Francisco. Aspectos do direito comparado. Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, v. 79, p. 161-180, 1984. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/download/67009/69619. Acesso em: 21 nov. 2024.

PAZ, Serafim Fortes; GOLDMAN, Sara Nigri. Estatuto do idoso. FREITAS, EV de et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

RESTIER, Henrique; ZACARIAS, Vinícius. Homem negro não é um homem? Entre ser tema e ser vida: Eis a questão. [S. l.], 21 out. 2024. Disponível em: https://diplomatique.org.br/homem-negro-nao-e-um-homem-entre-ser-tema-e-ser-vida-eis-a-questao/?removed_item=1. Acesso em: 22 out. 2024.

SILVA, Helenice Christina Lima et al. O papel da memória em Amkoullel, o menino fula, de Amadou Hampâté Bâ. 2015.

SOARES, Ricardo Mauricio F. Hermenêutica e interpretação jurídica. 5th ed. Rio de Janeiro: Saraiva Jur, 2023. E-book. p.253. ISBN 9786555598797. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555598797/. Acesso em: 31 out. 2024.

SODRÉ, Muniz. Pensar nagô. Editora Vozes Limitada, 2017.

SOUZA, Jessé. Como o racismo criou o Brasil. – 1 ed. – Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2021.

SOUZA, Victor Martins de. A alijava e o arco: o que a África tem a dizer sobre os direitos humanos – um estudo da Carta Mandinga. São Paulo, 2018, 244. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em História Social, Pontifícia universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Disponível em: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/21110. Acesso em: 02 nov. 2024.

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 ESMAT Magazine