A primeira Pós-Graduação em Comunicação Jurídica Estratégica na Era Digital, promovida pelo Poder Judiciário Tocantinense em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) teve início, na tarde desta terça-feira (9), com a realização de uma Aula Magna proferida pelo jornalista Carlos Alberto Di Franco.
Na abertura da Aula Magna, o desembargador João Rigo Guimarães, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, lembrou e ressaltou a importância do curso de Pós-Graduação em Comunicação. “Sabemos que a Comunicação faz parte do nosso cotidiano, da nossa vida, em família, em convívio com os amigos, na atuação profissional. Então, a Comunicação é um meio que a gente tem de integrar, de passar informaçãoàs pessoas. A chegada desta Pós-Graduação é muito importante. Temos certeza de que ela ficará nos anais da Escola e do Tribunal de Justiça”.
O desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Esmat disse que, ao longo dos anos, a Escola se consolidou não só como um espaço de formação de magistrados e servidores do Judiciário Tocantinense, como também com as capacitações de entidades parceiras e a população em geral. “Nosso foco são os Direitos Humanos. Trabalhamos para o sistema de Justiça como um todo. A Esmat não é uma Escola exclusivamente de juízes e servidores, ela traz no seu contexto a academia e procura promover interlocução do Poder Judiciário com a imprensa”, reforçou.
Para o jornalista Sebastião Pinheiro, diretor de Comunicação do Tribunal de Justiça, a primeira Pós-Graduação, direcionada a profissionais da comunicação tocantinense, é uma iniciativa de demonstração do respeito para com a imprensa, tendo como ponto final o cidadão. “Lembramos aqui que a Pós só foi possível graças ao desembargador Marco Villas Boas, que é um grande entusiasta da qualificação profissional. Queremos nesta ocasião também agradecer a toda a equipe Esmat e à Cecom. Este curso vem para ampliar a capacitação dos jornalistas sobre os assuntos de cunho judicial. Acreditamos que vai melhorar não só o relacionamento judiciário e imprensa, mas também capacitar os nossos profissionais dos veículos de comunicação”, afirmou.
Para a desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe, corregedora geral da Justiça, este curso de Pós-Graduação deverá estreitar os laços entre Poder Judiciário e Imprensa no Estado. "Precisamos melhorar a relação entre o Judiciário e a imprensa a partir de um conhecimento mútuo, baseado na transparência e no respeito. Tenho certeza de que esta Pós-Graduação, desenvolvida com brilhantismo pela nossa Escola Superior da Magistratura Tocantinense, será um grande passo no fortalecimento dessa parceria, promovendo, assim, uma aproximação que trará importantes frutos para a Justiça, que busca estar cada vez mais próxima da sociedade, e para os veículos, que são importantes defensores dos direitos da pessoa humana. Aproveito para parabenizar o desembargador Marco Villas Boas e o jornalista Sebastião Pinheiro pela brilhante iniciativa de promover este curso”, frisou.
Na ocasião a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Tocantins, jornalista Alessandra Bacelar a chegada de um curso de pós-graduação para a classe é motivo de festividade. "É uma grata alegria para os jornalistas ser incluído nesse processo de capacitação e investimento em conhecer mais sobre o funcionamento do Sistema de Justiça, em especial o Tribunal de Justiça. Agradecemos os esforços da Esmat, por meio do desembargador Marco Antony em possibilitar que essa pós graduação saísse do mundo dos anseios para a realidade”, afirmou.
Carlos Alberto Di Franco
Discutindo posturas e avanços do jornalismo na atualidade, o palestrante lembrou temas antigos, atuais e recorrentes do jornalismo brasileiro, como a sociedade do espetáculo, a exacerbação do sofrimento humano refletida nos programas populares de jornalismo policial, a busca pela exposição momentânea e outros tantos fenômenos percebidos pela velocidade com que os fatos são apresentados e consumidos. Paralelo a isso, o jornalista lembrou o papel da imprensa e sua interrelação com o Poder Judiciário. “O maior pecado é o distanciamento. Eles geram fantasmas que desaparecem quando se joga luz. Então sugerimos que imprensa e judiciário e imprensa conversem e joguem luz nestes fantasmas. O judiciário tem que ir ao encontro da mídia para que a informação chegue ao público de maneira coesa. Não é a informação tecnicamente produzida ela precisa ser eticamente bem produzida”, frisou.
A Pós-Graduação segue suas aulas na próxima sexta-feira (12). Ao todo foram oferecidas 50 vagas destinadas a profissionais da Comunicação que atuam nos poderes Executivo e Judiciário, como também jornalistas que atuam nos diversos veículos de comunicação do Tocantins.
Texto: Wherbert Araújo – Comunicação Esmat
Francielly Oliveira – Estagiária em Jornalismo
