Equipe do Projeto Espaço de Artes e Artesanato Indígena da Esmat realiza visita técnica em aldeia indígena Awã Canoeiro

Dando continuidade ao projeto Artes, Saberes e Fazeres dos povos indígenas do Tocantins, a equipe do projeto Espaço de Artes e Artesanato Indígena da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) visitou, nos dias 27, 28 e 29 de maio de 2022, a Aldeia Awã Canoeiro.

Acompanhados da indígena Kamutaja Silva Awã, a equipe percorreu as terras indígenas e conversou com mulheres, jovens e anciãos indígenas e com a liderança da associação voltada para a cultura, por meio de uma escuta atenta, respeitosa e propositiva.

Esse processo de escuta e de consulta tem contribuído para alguns desdobramentos importantes. Entre eles, a possibilidade de colaboração para que o povo Awã Canoeiro do Tocantins tenha acesso à matéria prima para a confecção do seu artesanato ancestral.

Os avá-canoeiro se encontram, hoje, em um acampamento provisório, na Ilha do Bananal, na Terra Indígena Inãwébohona, enquanto aguardam a demarcação definitiva da sua terra, já declarada, em 2016. O artesanato permite não apenas a geração de renda, mas também a promoção de autoafirmação e resistência.

No local onde estão, não existe material necessário para a produção dos artefatos, como adornos, armas, cestarias e cerâmicas tradicionais. Uma das propostas do projeto é estabelecer intercâmbios com outros povos indígenas do Estado, para que possam coletar essa matéria prima em outras Terras Indígenas.

A ação é uma iniciativa da Escola, juntamente com o Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO), tendo como objetivo valorizar, dar visibilidade e fomentar as atividades tradicionais e as culturas dos povos originários.

Aldeia Awã Canoeiro

Atualmente, a aldeia conta com 38 indígenas que se reconhecem como avá-canoeiro. Em diversos artigos, os awã são citados como o “povo que mais resistiu ao contato com o colonizador no Brasil Central”. À espera da demarcação da terra Taego Ãwa, no Tocantins, o povo autodenominado ãwa, que, em tupi-guarani, significa ser humano, pessoa adulta, continuam na Ilha do Bananal.

Projeto Artes, Saberes e Fazeres dos povos indígenas do Tocantins

As visitas as aldeias têm por objetivo apresentar às comunidades a proposta de criação de um espaço, na Esmat, de exposição permanente do artesanato indígena, além de consultar as lideranças sobre o projeto.

O projeto tem como preocupação o fortalecimento da Identidade e Cultura Organizacional, visando mostrar dimensão histórica, bem como resgatar as imagens, reconhecendo a diversidade de povos originários do Estado. 

Para despertar novas emoções e perspectivas sobre os indígenas, faz-se necessária uma imersão em imagens, textos, trilhas sonoras, artefatos e artesanatos do mundo indígena; por isso, a equipe do Projeto percorrerá todas as Terras Indígenas do Tocantins durante o ano de 2022 em busca de materiais para a exposição.

 

Texto: Francielly Oliveira — Comunicação Esmat

Foto: Hodirley Canguçu

Equipe do Projeto Espaço de Artes e Artesanato Indígena: Silvânia Olortegui e a Antropóloga Reijane Pinheiro

 

 


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