Projeto de egressa do mestrado da Esmat recebe reconhecimento no Selo ODS Educação 2024

Foto: Hodirley Canguçu

A Universidade Federal do Tocantins (UFT) realizou, nessa quinta-feira (3/4), uma cerimônia de homenagem aos(às) coordenadores(as) das ações selecionadas no Selo ODS Educação 2024. A Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) acompanhou o evento em reconhecimento à atuação do professor Paulo Sérgio Gomes Soares e da egressa Letícia Cristina Amorim Saraiva dos Santos Moura, ambos ligados ao Mestrado Profissional em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos (PPGPJDH), oferecido em parceria entre a UFT e a Esmat.

O projeto reconhecido, intitulado “Atendimento itinerante como política pública para garantir o direito ao acesso à justiça às comunidades Iny-Karajá da Ilha do Bananal”, foi desenvolvido como atividade extensionista. A proposta, de forte impacto social, envolveu uma articulação inédita entre defensorias públicas dos estados do Tocantins, Mato Grosso e Goiás, além da Defensoria Pública da União, para prestar atendimento jurídico a comunidades indígenas em áreas de difícil acesso.

No período de 15 a 22 de junho de 2024, mais de 120 servidores(as) públicos(as) estaduais e federais participaram da ação concentrada na Aldeia Fontoura, localizada na Ilha do Bananal, município de Lagoa da Confusão (TO). Na ocasião, foram realizados 428 atendimentos jurídicos.

A iniciativa concretiza a meta 16.3 da ODS 16 da Agenda 2030, ao promover o acesso à justiça especialmente para populações em situação de vulnerabilidade, conforme as diretrizes das Cem Regras de Brasília.

Para o professor Paulo Sérgio, que orientou o projeto, a experiência representou um aprendizado valioso para o campo acadêmico e para a construção de políticas públicas inclusivas.

A defensora pública Letícia Moura, egressa do mestrado, celebrou a conquista como símbolo do compromisso da extensão universitária com os direitos humanos.

Foto: Hodirley Canguçu

“Então, é com imensa alegria que a gente recebe essa certificação, esse prêmio aqui, porque está exatamente dentro daquilo que o mestrado profissional propôs como finalidade, né? O projeto surgiu justamente nos bancos do mestrado. Estar aqui hoje tem uma importância imensa – não só para os povos indígenas atendidos, mas também para a Esmat, para a UFT, para a Defensoria... para todos nós”, destacou.

Para quem quiser conhecer mais sobre a iniciativa, os autores publicaram um artigo com análise da experiência, disponível no link: https://ojs.revistacontribuciones.com/ojs/.

Com 17 ações selecionadas, a UFT se destacou nacionalmente no Selo ODS Educação 2024, premiação promovida pelo Instituto Selo Social, que reconhece projetos nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e gestão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A atuação da egressa e do professor do PPGPJDH reforça a relevância do mestrado profissional em fomentar projetos transformadores, conectados às demandas reais da sociedade e alinhados à Agenda 2030 das Nações Unidas.

Outro projeto premiado na cerimônia foi o Cinedebate, coordenado pela professora doutora Ingrid Assis, do curso de Jornalismo da UFT. A iniciativa promove sessões de cinema seguidas de debates temáticos com foco em direitos humanos, comunicação e cidadania, reunindo estudantes, pesquisadores(as) e representantes de instituições públicas e da sociedade civil.

Foto: Hodirley Canguçu

Durante a cerimônia, a professora Ingrid destacou a importância das articulações institucionais para o êxito do projeto, apontando que o Cinedebate é fruto de um esforço coletivo e de parcerias, como a feita com a Esmat, que cedeu o espaço do auditório no ano passado para a realização de uma das sessões.


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