Oficinas Literárias de 2025 iniciam com “Torto Arado” e participação da comunidade

A primeira turma das Oficinas Literárias de 2025, promovida pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) em parceria com a Divisão de Projetos e Gestão de Contratos da Diretoria de Gestão de Pessoas (DIVPGC/DIGEP), teve início na noite dessa terça-feira (22/4) com a mediação da mestra Liziane Silva Cruz e uma obra de impacto: Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Romance de 2020.

Esta é a primeira edição do projeto aberta à comunidade externa, além de contar com a participação de servidores(as) da Defensoria Pública e do Ministério Público do Tocantins, bem como militantes de causas sociais.

A narrativa de Torto Arado gira em torno das irmãs Bibiana e Belonísia, descendentes de escravizados, e se passa na fictícia Fazenda Água Negra – uma representação densa do sertão brasileiro e suas estruturas marcadas por desigualdades, lutas e ancestralidades. A leitura da obra será o ponto de partida para reflexões sobre desigualdades raciais, sociais e de gênero, que atravessam tanto a vida cotidiana quanto as estruturas institucionais do trabalho público.

As atividades da Turma I ocorrem de forma híbrida, com mais dois encontros virtuais pelo Google Meet nos dias 29 de abril e 6 de maio, das 19h às 21h. O encerramento será presencial, com um sarau cultural marcado para 22 de outubro, das 15h às 17h, na sede da Esmat, e contará com apresentação do grupo de Suça da comunidade quilombola da Chapada de Natividade.

A proposta pedagógica das Oficinas Literárias é promover a reflexão orientada sobre temáticas contemporâneas que perpassam a vida cotidiana, as relações sociais e o ambiente de trabalho, como desigualdades raciais e de classe social, opressões de gênero e sexualidades. A iniciativa também tem caráter sustentável: ao final do projeto, os livros utilizados serão doados a bibliotecas de unidades prisionais e a organizações sociais.

Em depoimento, a facilitadora Liziane destacou que a experiência teve um início promissor. “O encontro foi muito positivo. Nesse primeiro momento, nos conhecemos, fiz uma breve apresentação da obra, do autor, e pude ouvir um pouco sobre a expectativa dos/das participantes. Essa é a minha segunda experiência mediando oficinas nesse projeto, e estou muito feliz pelo convite para essa segunda oportunidade. As expectativas são muito altas para os próximos encontros, pois neste primeiro já percebi que os/as participantes são diversos e muito engajados/as nos debates. A obra Torto Arado traz muitos temas da nossa realidade atual, como a desigualdade social, o racismo, a relação com a terra e disputas também. Então sinto que será muito agregador e muito rico de aprendizados”, comentou.

O projeto está alinhado às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que visam assegurar dignidade, equidade e inclusão social no âmbito do Judiciário, em conformidade com a Agenda 2030 da ONU, especialmente o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 – que busca promover sociedades justas, pacíficas e inclusivas.

A próxima turma das Oficinas Literárias ocorrerá em junho, com inscrições a serem divulgadas em breve no site da Esmat.


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