Esmat e Cevid promovem conscientização sobre a importância da proteção pessoal e do empoderamento feminino

Foto: Hodirley Canguçu
Turma II

A Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) realizou, nos dias 13 e 20 de setembro, um workshop voltado para a capacitação de servidoras e magistradas do Poder Judiciário Tocantinense em defesa pessoal. A atividade foi solicitada pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) e coordenada pela juíza Cirlene Maria de Assis Santos Oliveira e pelo major José Ribamar Maciel Martins da Asmil. O objetivo foi fornecer conhecimentos teóricos e práticos sobre técnicas eficazes e de fácil aprendizado, promovendo a autoconfiança, a segurança pessoal e a resiliência. Ao todo, quarenta mulheres participaram das atividades.

Para a juíza Cirlene, o workshop surge como uma oportunidade para despertar a autoestima e a valorização pessoal das mulheres. “Nosso objetivo é lançar uma semente para despertar a autoestima da mulher, promover sua valorização pessoal e fazer com que ela perceba que pode se defender, que é capaz de ter sua própria proteção. Como disse o professor, é importante que ela não espere nem terceirize sua proteção, mas fique atenta aos sinais e preste atenção nas situações de violência iminente. Esses treinamentos visam despertar o sentimento de autocuidado e cuidado próprio nas mulheres. Tivemos uma grande procura, tanto para a primeira quanto para a segunda turma. Na primeira etapa, várias servidoras não conseguiram fazer o curso e, diante dessa grande demanda, estamos analisando, juntamente com a Esmat, a possibilidade de abrir novas turmas”, compartilhou.

Turma I / Foto: Hodirley Canguçu

As atividades ocorreram no Quartel do 1º BPM, sob a orientação do instrutor de combate urbano Leonardo Rodrigues de Souza. Durante o workshop, foram abordados temas como percepção do ambiente, perfil do agressor, aspectos psicológicos da violência doméstica, assédio sexual, tentativas de estupro, golpes traumáticos funcionais, saídas de estrangulamentos, capturas e ataques-surpresa.

Leonardo expressou suas reflexões sobre a importância da capacitação, apontando que “é importante saber que isso [agressão] pode ocorrer no órgão de vocês, tanto entre os funcionários quanto no atendimento às vítimas. Reconhecer pessoas que passam por essas situações e incentivá-las a fazer a denúncia é essencial. Percebo é que houve um empoderamento muito grande e um aprendizado para todos, incluindo eu mesmo. Fiquei muito surpreso com a energia positiva de todas, com o desejo de aprender e de entender como aplicar esse conhecimento”, pontuou.

Em comentário, a magistrada Renata do Nascimento destacou que as técnicas de defesa pessoal ensinadas valorizam mais o conhecimento e a estratégia do que a força física. “Aprendemos técnicas básicas de defesa pessoal, como posicionamento corporal, movimentação e manobras simples para nos desvencilharmos de um agressor. A parte mais interessante foi perceber que essas técnicas não exigem força física descomunal, mas sim conhecimento e estratégia. A prática em duplas também foi muito enriquecedora, pois proporcionou um ambiente seguro para aplicar o que estávamos aprendendo”, comentou.

Turma I / Foto: Hodirley Canguçu

Essa atividade está alinhada à Resolução nº 18, de 20 de julho de 2023, que instituiu o Programa de Proteção, Acolhimento Humanizado e Solidário às Mulheres do Poder Judiciário do Tocantins (PAHS). O programa visa estabelecer políticas, diretrizes e ações para prevenir e combater a violência doméstica e familiar contra magistradas e servidoras, por meio da implementação de um protocolo integrado de prevenção e medidas de segurança. 

O workshop de defesa pessoal feminina não apenas ensinou técnicas de autodefesa, mas também promoveu a conscientização sobre a importância da proteção pessoal e do empoderamento feminino. A juíza Cibele Maria Bellezia, citou como ponto alto, a “praticidade dos golpes ensinados, pois, não precisa ter nenhum preparo de atleta”.

Em depoimento, a servidora Valdirene Cássia da Silva refletiu sobre a experiência que vivenciou e compartilhou ter sido muito positiva. “Passar o dia imersa nesse ambiente de aprendizado foi enriquecedor, não apenas pelas técnicas que aprendi, mas também pela confiança que desenvolvi. O curso foi conduzido com muita competência, os instrutores se mostraram capacitados, sempre preocupados com a nossa segurança. O mais marcante foi perceber que a defesa pessoal vai além de técnicas físicas, envolve também o desenvolvimento de uma mentalidade de segurança e autoproteção. Saí do curso com uma nova perspectiva quanto à minha segurança”.

Além disso, enriquecendo a programação, a Liga Universitária Tocantinense de Trauma e Emergência (Lutte) participou, oferecendo orientações de primeiros socorros às alunas.

Turma II / Foto: Hodirley Canguçu

Os acadêmicos Heitor Trigilio da Silva, Maria Fernanda Nakano Rodrigues, Guilherme Magalhães Rezende, Renan Marques Dias de Sousa e Arthur Ramalho Nascimento contribuíram para o sucesso da iniciativa, ampliando o conhecimento das participantes sobre os cuidados imediatos em situações de emergência.


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    A Escola  Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT), órgão do Tribunal de Justiça do Tocantins, com sede na capital Palmas e abrangência em todo o Estado, tem por objetivo a formação e o aperfeiçoamento de magistrados e servidores como elementos essenciais ao aprimoramento da prestação jurisdicional.

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