Brigada formada por mulheres indígenas vai atuar no combate às queimadas em aldeias do TO

Ao todo, 29 mulheres passaram pelo curso de formação para participar da brigada voluntária. Elas vão atuar em 94 aldeias da etnia Xerente, em Tocantínia.

 

Por Igor Pires e Jesana de Jesus, TV Anhanguera e G1 Tocantins

 

Uma brigada formada por 29 mulheres indígenas da etnia Xerente vai ajudar na conscientização e no combate às queimadas dentro e fora das aldeias que ficam no município de Tocantínia, a cerca de 80 km de Palmas.

"É mais uma ferramenta de extrema importância em defesa da natureza. Tenho certeza que elas vão estar contribuindo na garantia das frutas do cerrado", disse o cacique da aldeia Paulo Cesar Wawekrure.

O trabalho das indígenas é voluntário. Para se qualificar, elas passaram por um curso de formação. "Para a gente, é uma honra estar colaborando com a natureza, na prevenção do meio ambiente, contribuindo também com o manejo sustentável, que são as frutas do cerrado", disse a brigadista Hireki da Mata.

Em Tocantínia, são 94 aldeias da etnia Xerente. O grupo já percorreu quase metade delas levando informação. O enfrentamento às queimadas também já iniciou. A brigada vai receber abafadores e bomba de água para as costas.

"Quando nós fomos para o combate mesmo e quando vimos o fogo destruindo tudo, nós mulheres fomos lá e apagamos, o meu sentimento foi de tristeza em ver que é tão desnecessário tacar fogo. Teve um momento que saíram lágrimas dos nossos olhos, porque precisamos mudar a nossa mente", disse a chefe do esquadrão Vanessa Sidi.

"A gente vê que a natureza é tão bela, então porque nós como mulheres sentimos a necessidade de estar junto com a comunidade ajudando", explicou a brigadista Ana Shelley Xerente.

"Para nós está sendo o pontapé inicial. O que é melhor que o meio ambiente preservado? Isso traz para nós, uma tranquilidade, o que somos nós sem o meio ambiente?" ressaltou a brigadista Lariene Sokimadi.

De janeiro até este domingo, foram registrados 7.043 focos de incêndio em todo o estado, 8% a mais do que no mesmo período de 2020, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O meses de agosto e setembro registram os maiores índices de queimadas. O tempo seco, baixa umidade, vento forte e a temperatura, que pode ultrapassar os 40ºC, são combustíveis para o fogo e ajudam a espalhar as chamas com maior rapidez.

 

Assista a matéria na íntegra.

 

 

 


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