A equipe do Projeto Espaço de Artes e Artesanato Indígena da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) realizou, entre os dias 2 e 4 de setembro de 2022, uma visita técnica à aldeia Catàmjê do Povo Krahô-Kanela, em Lagoa da Confusão, no estado do Tocantins.
O objetivo do encontro foi apresentar à comunidade a proposta de criação de um espaço, na Esmat, de exposição permanente do artesanato indígena, além de consultar as lideranças sobre o projeto.
A proposta tem como preocupação o fortalecimento da Identidade e Cultura Organizacional, visando mostrar dimensão histórica, bem como resgatar as imagens, reconhecendo a diversidade de povos originários do Estado.
Sobre os indígenas Krahô-Kanela
Expulsos, desde 1977, de vários territórios, os Krahô enfrentaram maus-tratos, humilhações e diversas ameaças durante a busca pelo retorno de suas terras. Historicamente, os Krahô-Kanela lutam pela manutenção de parte dos seus territórios em um longo processo para garantia de seus direitos.
O líder indígena, Wagner Katamy Kanela, é presidente da Associação do Povo Indígena Krahô-Kanela – Apoinkk – e também um dos guardiões da floresta. Segundo Wagner, por anos, o povo Krahô-Kanela lutou para voltar aos seus territórios tradicionais, depois de serem expulsos em 1970.
“Nossos territórios só foram parcialmente retomados em 2006. Desde então nos empenhamos para cuidar dessa terra — nosso bem comum, e nosso legado para as próximas gerações”, comentou.
Hoje, a alimentação dos indígenas da aldeia Catàmjê tem como base a pesca e a caça. Em busca da retomada aos seus conhecimentos tradicionais e culturais, o povo Krahô-Kanela continua lutando pela reconquista de suas terras.
Texto: Francielly Oliveira — Comunicação Esmat
Foto: Hodirley Canguçu e João Leno Tavares
Equipe do Projeto Espaço de Artes e Artesanato Indígena: Silvânia Olortegui e a Antropóloga Reijane Pinheiro