
Teve início, nesta quinta-feira (12/6), a segunda turma do curso Transformação Digital no Poder Judiciário, consolidando o compromisso institucional com a formação continuada de magistrados(as) e de servidores(as) diante das novas demandas tecnológicas da Justiça contemporânea. Sob a condução do professor doutor e desembargador Marco Anthony Steveson Villas Boas, diretor geral da Esmat e presidente do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), o curso reúne assessores(as) jurídicos(as) do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO) em uma abordagem crítica e interdisciplinar sobre os impactos éticos, jurídicos e cognitivos das tecnologias emergentes no ambiente judicial.
Durante sua exposição, o desembargador apresentou trajetória de inovação tecnológica do Judiciário Tocantinense, resgatando desde a instalação dos primeiros equipamentos de informática, no início dos anos 1990, passando pela criação de sistemas próprios de gestão processual, a adoção do eproc e, mais recentemente, a inserção das ferramentas de Inteligência Artificial Generativa.
Ao refletir sobre o impacto da pandemia de Covid-19 como aceleradora desse processo, o professor doutor lembrou a imediata atualização do Poder Judiciário Tocantinense.
“A pandemia nos exigiu a implementação, em tempo recorde, de uma robusta infraestrutura capaz de assegurar a continuidade da atividade jurisdicional. Felizmente, o Judiciário Tocantinense estava preparado, e fomos o primeiro Tribunal de Justiça do país a realizar sessões virtuais naquele período crítico”, afirmou.
Sobre o curso
Além dos aspectos técnicos, o curso reforça a necessidade de desenvolver uma consciência crítica e humanista sobre o uso das novas tecnologias, incorporando reflexões de pensadores como Gregory Bateson, Papa Francisco e Ailton Krenak, a fim de ampliar o debate sobre responsabilidade institucional, impactos sociais e justiça socioambiental na era digital.
Os(As) participantes são provocados(as) a compreender não apenas o funcionamento dos sistemas inteligentes e algoritmos decisórios, mas também as implicações éticas, cognitivas e culturais que desafiam diariamente a atividade jurisdicional em tempos de transformação exponencial.