Congresso Internacional encerra com discussões sobre injustiça ambiental e climática, alimentação sustentável e transhumanismo

Foto: Hodirley Canguçu

O último painel do XV Congresso Internacional em Direitos Humanos levantou a discussão questões sobre a contaminação do meio ambiente e das comunidades por agrotóxicos e da ingestão de produtos químicos bioacumulativos e contaminantes ambientais, como também os conflitos sociais oriundos da biopolítica e da necropolítica, finalizando com a discussão de temas como injustiça ambiental e racismo climático e ambiental.

Em sua fala, a doutora e pesquisadora Cristina Larrea, palestrante da Espanha, expôs sobre o processo de contaminação de comunidades por meio da proximidade de áreas agrícolas que utilizam componentes químicos, agrotóxicos e demais defensivos. “É preciso procurar outras maneiras de se relacionar com o mundo a partir de um processo de reconhecimento de diversos saberes e sabedorias com fim de abrir novos caminhos e combater injustiças socioambientais”, afirmou. 

Na segunda palestra, a professora doutora Silvana Nascimento lembrou a atual situação por onde passa a humanidade, como o antropoceno, que corresponde à era geológica caracterizada pelo impacto da presença do homem na terra. “Estamos num novo regime climático que deixa claro a falência da separação entre natureza e cultura criada na época moderna.  A humanidade toda parece ter perdido o juízo e o controle sobre a forma como tem ocupado o nosso planeta, como tem estabelecido relações entre as pessoas e como tem criados processos de desumanização e de extermínio”, argumentou.

Na terceira e última palestra do Congresso, a professora doutora Mariana Trotta Quintans ressaltou como as mudanças climáticas trouxeram conflitos socioambientais que apesar de serem percebidos por toda a humanidade, atingem com mais gravidade as populações mais pobres. Daí o surgimento de conceitos como racismo ambiental e climático. “Precisamos pensar como as mudanças climáticas são fruto de uma lógica extrativista, destrutiva do capitalismo: um sistema de metabolismo antissocial do capital que se apropria de corpos, territórios e da natureza em geral com o objetivo de promover a acumulação de riquezas”, frisou.

Homenagem

Também na ocasião, foi feita uma homenagem à desembargadora Angela Issa Haonat, primeira diretora adjunta da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) e coordenadora adjunta da XV edição do Congresso Internacional em Direitos Humanos, que celebrou mais um aniversário no último sábado, 16 de setembro.

Sobre o Congresso

Durante a XV edição do Congresso foram realizadas atividades como minicursos, conferências, painéis temáticos, comunicações orais e exposição de banners, bem como contou com a valorosa presença de palestrantes nacionais e internacionais, que durante três dias debateram questões ligadas à promoção dos direitos humanos, a percepção jurídica frente aos avanços tecnológicos, sistema penal, e como nos adaptar e garantir a promoção da vida e dos direitos humanos frente a catástrofes ambientais que já acontecem com uma frequência constante.

O evento contou com a expressiva marca de 1236 inscritos, que participaram na modalidade presencial e virtual promovendo diálogos interdisciplinares e a abertura de espaço para debates sobre a temática “Por uma Justiça mais acessível e efetiva em defesa dos Direitos Humanos”.

Gravações

Primeiro dia (13/9)

Segundo dia (14/9)

Terceiro dia (15/9)


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    A Escola  Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT), órgão do Tribunal de Justiça do Tocantins, com sede na capital Palmas e abrangência em todo o Estado, tem por objetivo a formação e o aperfeiçoamento de magistrados e servidores como elementos essenciais ao aprimoramento da prestação jurisdicional.

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