Nesta terça-feira (20), em mais um Painel do curso Segurança Pública e Direitos Humanos: Um Olhar Restaurativo, foram abordados os temas : Psicologia e compreensão do sujeito e seu lugar de ação e fala; Psicanálise e escuta compassiva; e a atuação da sociedade e do Poder Público no combate ao Racismo.
Os debates foram coordenados pela juíza de direito e aluna do mestrado em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos , Silvana Maria Parfieniuk , que em sua fala ressaltou a importância dos temas e destacou a brilhante atuação das palestrantes. “Sinto-me muito feliz em participar deste Evento por ter consciência de que o olhar restaurativo é um extraordinário meio de promover o aperfeiçoamento do ser humano e das relações sociais, pois estimula e desenvolve a compreensão do outro, uma forma de humanização no tratamento dos conflitos.É impossível não se envolver e não se apaixonar por um tema tão sincero e sensível como este", afirmou.
A professora especialista Daniela Paula Alencar falou sobre a Compreensão do Sujeito segundo a Psicologia e ressaltou a importância do sujeito como agente de mudança. Destacou que ” Na Psicologia o sujeito é aquele ser que tem sua subjetividade, tem as suas emoções e os seus espaços de fala. O sujeito que trata de mim e de você, o sujeito que, por meio das nossas vivências, das nossas experiências de vida, traz consigo as nossas marcas. Sujeito dotado da sua própria história, com suas particularidades. Cada sujeito para a Psicologia tem a sua importância, tem o seu valor”, afirmou.
A psicanalista e professora Sandra Luzia Brito Santos apresentou tópicos sobre psicanálise e escuta compassiva. "Falar da psicanálise e da escuta compassiva é falar de um tema que é uma pérola preciosa, principalmente hoje, neste momento em que vivemos, em que passamos por uma pandemia”. Ela iniciou o debate com as provocadoras perguntas: Será que nós ouvimos ou escutamos? Será que existe alguma diferença em ouvir e escutar? E respondeu: “ escutar é você colocar atenção no outro, é você compreender o que o outro diz” , resultando dessa afirmação importantes debates.
Já no final da tarde, a professora doutora Patrícia Medina, docente do Programa de Mestrado Profissional em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos, promovido pela Universidade Federal do Tocantins em parceria com a Esmat falou sobre a importância do Poder Público e da sociedade em combater o racismo, chaga social que, apesar da criminalização no Brasil, ainda provoca muitas discussões. "Infelizmente o racismo tem tido uma notoriedade negativa, e ela tem sido recorrente no campo e nos aspectos da sociedade brasileira. Nós temos nos envolvido muito com fenômenos que nos são trazidos pela mídia, que ocorrem fora do nosso universo e do nosso País. A mídia tem colaborado conosco nesse processo de reflexão sobre os fenômenos que se dão no Brasil, e a despeito de acontecerem muito próximos de nós, de nossas casas, do nosso trabalho, das atividades sociais que realizamos, estes fenômenos que envolvem a violência motivada pelo crime da cor, também ocorrem conosco e precisam da nossa reflexão. O ato de discriminar atinge diretamente os direitos humanos, porque também envolve o princípio da dignidade humana”, lembrou.
A programação do curso Segurança Pública e Direitos Humanos: Um Olhar Restaurativo segue no próximo dia 29 de abril, com o sexto Painel Virtual. Composto de oito painéis, o curso ocorre por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Esmat, com atividades que promovem a interatividade entre os alunos, por meio de chat e com acesso a outras ferramentas que auxiliarão no processo de ensino-aprendizagem.
Texto: Wherbert Araújo – Comunicação Esmat
Colaboração: Francielly Oliveira – Estagiária em Comunicação
