Magistrados(as), assessores(as) jurídicos(as) e servidores(as) do Poder Judiciário Tocantinense participaram, segunda (18/11) e terça-feira (19/11), do curso “Laboratório Prático de Inteligência Artificial Generativa (IAGEN) – Aplicações no Poder Judiciário”, promovido pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat).
O curso, ministrado pelos professores Irving William Chaves Holanda e Haroldo Carneiro Leão Sobrinho, foi estruturado para capacitar os(as) inscritos(as) no uso eficiente, ético e crítico da IAGEN, considerando a crescente complexidade do sistema judicial brasileiro. As atividades teóricas e práticas exploraram o potencial da tecnologia para otimizar tarefas judiciais, reduzir gargalos processuais e melhorar a análise de dados, oferecendo um aprendizado abrangente para os(as) participantes.
Abertura
Durante a abertura das atividades, o desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Esmat e presidente do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), destacou a importância da transformação digital para o avanço do Judiciário. “A transformação digital já é uma realidade no Judiciário e as Escolas Judiciais têm um papel fundamental nesse processo. Precisamos capacitar nossos(as) magistrados(as) e servidores(as) para que eles(as) possam utilizar as novas tecnologias com ética a favor da Justiça, garantindo mais eficiência e celeridade na prestação jurisdicional”, afirmou.
Na mesma ocasião, o magistrado Wellington Magalhães, coordenador do curso, que conduziu a abertura de uma das turmas, enfatizou o compromisso com a implementação ética e responsável das inovações tecnológicas.
“Nosso compromisso é garantir que essa inovação seja implementada de forma ética e responsável, respeitando os direitos e as garantias fundamentais. Estamos empolgados com as possibilidades que a IA generativa traz para o futuro do Judiciário e confiantes de que este projeto será um passo significativo rumo a um sistema mais eficiente e justo”, comentou.
Depoimentos
Everton Moura Mainardes, servidor da Diretoria do Fórum de Cristalândia, ressaltou a relevância do curso na rotina dos(as) profissionais do Judiciário. Para ele, a combinação de teoria e prática tem sido essencial para ampliar os horizontes sobre o uso da inteligência artificial.
“O curso tem sido de muita valia para a gente que ainda não tinha uma visão clara sobre a inteligência artificial no trabalho. Além de desmistificar algumas ideias que eu tinha, eles [os professores] trazem uma abordagem prática, como a criação de prompts personalizados, que são essenciais para programar a IA de acordo com cada tarefa específica. Isso amplia nosso campo de estudo e nossa capacidade de pensar soluções mais eficientes”, destacou.
Janaina Paiva Almeida, assessora do Juizado Cível e Criminal de Porto Nacional, também enfatizou a importância das ações práticas realizadas. “As atividades nos ajudaram a entender como formular prompts e avaliar os prós e contras da inteligência artificial. Percebi que a tecnologia precisa andar lado a lado com o ser humano. Nosso conhecimento combinado com ferramentas avançadas só tende a aprimorar a qualidade do trabalho”, comentou.
Os(As) participantes tiveram acesso a laboratórios práticos, utilizando ferramentas como ChatGPT para desenvolver chatbots, realizar transcrições de audiências e formatar decisões automatizadas. Além disso, exploraram novos modelos de ementas alinhados à Recomendação n.º 154 do CNJ, de 2024, reforçando o compromisso com a modernização e a eficiência processual.