O Workshop sobre Investigação Criminal e Plataformas Digitais, promovido pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT), reuniu magistrados(as) do Poder Judiciário Tocantinense e diversos profissionais das áreas de Segurança e Justiça.
Realizado na manhã desta quinta-feira (1º) no auditório do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, o Evento híbrido discutiu sobre o uso das plataformas de redes sociais para fins de coleta de evidências e meios de provas a serem utilizadas no âmbito do sistema processual.
Durante a abertura, o desembargador João Rigo Guimarães, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, agradeceu a presença de todas as autoridades e ressaltou a importância da realização do workshop em tempos de tantas transformações tecnológicas, "a investigação criminal pelas redes sociais é um assunto importantíssimo, espero que o aprendizado deste dia possa contribuir com a melhora da prestação jurisdicional", finalizou.
Na ocasião, o desembargador Pedro Nelson de Miranda Coutinho, coordenador do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional, destacou que reunir, em um único evento, os principais representantes de plataformas digitais não é um trabalho fácil, mas necessário, "o uso das plataformas digitais faz parte da rotina diária da maioria das pessoas e é natural que elas sejam utilizadas como meios de provas ou evidências que possam ser utilizadas para instruir processos cíveis e criminais", comentou.
Palestra virtual: Ferramentas de Apoio às Investigações Criminais — Facebook, Instagram & WhatsApp
Dario Campregher Neto, gerente de relacionamento com autoridades em investigações criminais para América Latina, explicou como os(as) servidores(as) dos órgãos responsáveis poderiam usar as plataformas digitais no apoio às investigações criminais, pois, às vezes, os crimes podem não estar sendo cometidos em nossas plataformas, mas as informações estão lá. Temos como missão prestar esse suporte às autoridades", disse.
Vanessa Macieri Pestana, gerente de relacionamento com autoridades para América Latina no Facebook Brasil, apresentou sobre como as solicitações de registros do WhatsApp podem ser realizadas por meio de site específico para os setores responsáveis por investigações, "no Brasil, são trocadas 6 bilhões de mensagens por minuto. O Brasil está entre os países que mais usam a plataforma diariamente", contextualizou.
Palestra presencial: Investigação criminal e plataformas digitais: como utilizar o Tik Tok na coleta de dados
Em outro momento do evento, Paulo Ricardo Aguiar de Deus, representante da plataforma de conteúdo e gerente de relações com autoridades da Persecução Criminal no Brasil, pelo Tik Tok, esclareceu as principais questões e dúvidas acerca do uso do aplicativo durante processos investigativos, "tentamos sempre manter um diálogo com as autoridades públicas, colaborando para evitar ruídos na comunicação com os órgãos", explicou.
