O diretor geral da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) e presidente do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), desembargador Marco Villas Boas, participou, no dia 3 de dezembro, da mesa-redonda “Desafios e Perspectivas da Formação de Magistrados”, realizada durante o Encontro Internacional de Escolas de Magistrados, em Brasília (DF).
A atividade integrou a programação comemorativa dos 10 anos da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União (Enajum) e reuniu representantes de instituições nacionais e internacionais, com foco no fortalecimento da formação judicial e no compartilhamento de práticas educacionais.
Durante sua fala, o desembargador Marco ressaltou a centralidade da formação contínua e permanente no desenvolvimento das competências exigidas da magistratura contemporânea. Defendeu a internalização das ações educacionais e a ampliação de sua capilaridade, de modo a alcançar todas as unidades jurisdicionais de forma sistemática e integrada.
Ao abordar os impactos das novas tecnologias na Justiça, o presidente do Copedem chamou a atenção para a necessidade de que tribunais e escolas formadoras acompanhem o surgimento de ferramentas como a Inteligência Artificial com responsabilidade, ética e imparcialidade.
“A incorporação de tecnologias emergentes não é apenas uma exigência técnica, mas também um imperativo ético para garantir decisões justas, transparentes e alinhadas aos direitos fundamentais”, pontuou.
Na avaliação do diretor geral da Esmat, as escolas judiciais e da magistratura desempenham papel fundamental nesse cenário de transformação. “Cabe a elas promover práticas inovadoras, fortalecer a governança pública e preparar magistrados(as) e servidores(as) para os desafios de um Judiciário cada vez mais digital, complexo e orientado por evidências”, concluiu.
O painel foi moderado pela juíza da Justiça Militar da União Natascha Maldonado e contou ainda com a participação do juiz Rodrigo Gonçalves, auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e da juíza Flávia Pessoa, da Escola Nacional da Magistratura do Trabalho (Enamat).
A programação do evento, que seguiu até o dia 4 de dezembro, incluiu debates sobre Cooperação Internacional, Inteligência Artificial, Combate ao Crime Organizado e Internacionalização da Formação de Magistrados.