A Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) realizou, na tarde dessa quarta-feira (22/10), o Sarau Cultural como encerramento das Oficinas Literárias 2025, projeto promovido pela Diretoria de Gestão de Pessoas do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO).
Com uma proposta que uniu literatura, arte e identidade cultural, o sarau reuniu os(as) participantes em um espaço de celebração das experiências e das reflexões construídas ao longo do ano. Em sua fala de abertura, Janaina Costa Rodrigues, assistente social, destacou a alegria em reunir presencialmente participantes que, em sua maioria, se encontravam apenas nos ambientes virtuais do projeto.
“Este sarau é um momento de celebração. Colocamos o nome de Sarau Cultural justamente por isso, para celebrar a cultura negra, a cultura indígena, para celebrar a diversidade deste país também. Além de ser o encerramento do projeto Oficinas Literárias, é também um momento de conexão, de troca. Boa parte do projeto é virtual. Hoje, é a primeira vez que muitos de nós nos encontramos pessoalmente, e isso torna o momento ainda mais especial”, afirmou.
Durante o evento, os(as) participantes compartilharam reflexões, poesias e músicas que abordam temas como desigualdade social, racismo, gênero e diversidade. Paula Maia, diretora da Diretoria de Gestão de Pessoas (Digep), destacou o papel da literatura na construção de vínculos e de empatia entre as pessoas.
“As palavras nos aproximam, nos ajudam a olhar uns para os outros com mais empatia e a reconhecer as desigualdades que atravessam nossa sociedade. Este sarau é um espaço para sentir, ouvir e reconhecer o valor das nossas raízes e expressões culturais”, disse.
A programação também contou com a apresentação do Grupo de Suça “Mestre Patricinho”, vindo da comunidade quilombola Chapada de Natividade, o primeiro quilombo urbano reconhecido do Tocantins, certificado pela Fundação Cultural Palmares em 2005. Com o intuito de manter vivas as tradições da comunidade quilombola por meio da música, da dança e da oralidade, o grupo é conduzido e articulado pelos netos e pelas netas do mestre.
O evento foi concluído com uma batalha de rima temática comandada pelos convidados representantes do Coletivo Batalha de Rimas de Palmas: MC Carlão, MC Yankin, Brabo da Cena, Zetta e MC Riba. As apresentações exploraram temas como identidade e justiça social, integrando a linguagem do hip-hop ao contexto literário do sarau.