Terceira turma do curso sobre Transformação Digital capacita magistrados(as) e assessores(as) do TJTO para uso ético da inteligência artificial

Foto: Ednan Cavalcanti

Com foco em inovação tecnológica e pensamento crítico, a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) iniciou, nesta quinta-feira (7/8), a terceira turma do curso Transformação Digital no Poder Judiciário. Voltada para magistrados(as) e assessores(as) do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO), a capacitação presencial totalizando 16 horas-aula é ministrada pelo desembargador Marco Villas Boas, diretor geral da Esmat.

A proposta integra teoria e prática para discutir os impactos da digitalização no sistema de Justiça, especialmente a aplicação de Inteligência Artificial (IA) generativa, automação de processos e ferramentas como Bing Chat e Copilot.

Durante o curso, o professor doutor Marco Villas Boas apresenta um contexto histórico da implementação da IA, destacando como os primeiros sistemas de inteligência artificial buscavam imitar o raciocínio humano a partir de um processamento mecânico de informações, levando a neurociência a interpretar o cérebro como uma rede capaz de armazenar, recuperar e processar dados por meio da interação entre múltiplos neurônios.

“Essa trajetória exemplifica os desafios enfrentados pela IA no contexto jurídico, exigindo não apenas maior poder computacional, mas também uma compreensão crítica sobre a organização e o uso ético das informações”, afirmou.

Para o juiz Frederico Paiva Bandeira de Souza, "o curso ministrado pelo desembargador Marco Anthony é de suma importância, pois, além de apresentar um panorama acerca da integração das tecnologias digitais para modernizar e otimizar os processos, tornando-os mais eficientes, acessíveis e transparentes, provoca uma relevante reflexão para que o uso da inteligência artificial considere os aspectos éticos, jurídicos e sociais".

Sobre o Curso

Com uma abordagem crítica e interdisciplinar, o curso promove reflexões sobre os desafios éticos, jurídicos e sociais trazidos pelas tecnologias emergentes. Os participantes também realizaram oficinas práticas, com simulações do uso de IA para elaboração de minutas, gestão processual e triagem de demandas. A metodologia ativa aplicada ao curso buscou desenvolver competências técnicas e estratégicas, alinhadas aos princípios da governança algorítmica e à necessidade de modernização da prestação jurisdicional.


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